O Grupo propõe discutir obras que contribuam para a formação humana dos participantes; intervenção junto à categoria; proposições para a defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Construindo assim, uma intervenção qualificada na escola pública.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Será que a direção da APLB deseja mostrar serviço nos 45 minutos do 2º tempo?

Caros professores e professoras,


Ante o comunicado Urgente-Urgentíssimo da APLB, postado em pleno sábado à tarde (http://aplbfeira.com.br/?p=907), quando eles já estavam cientes da mobilização de vários professores para a formação de uma chapa alternativa para as próximas eleições devemos permanecer bem alertas.
Segundo a chamada a pauta será “o resultado da audiência com o Governo Municipal” que foi realizada no dia 27 de fevereiro, ou seja, há quatorze dias. Por que será que esta assembleia demorou tanto tempo para ser agendada e foi divulgada agora, neste último sábado? Será que a direção da APLB deseja mostrar serviço nos 45 minutos do 2ºtempo? Será que só depois que uma chapa concorrente se inscreveu eles pensaram na possibilidade de sua gestão não estar agradando aos seus associados? Depois de nos desmobilizarem no final do ano passado, quando a categoria acordou com os vereadores Justiniano França e Maurício de Carvalho o retorno às salas de aulas sob o compromisso da Câmara votar a atualização do Plano de Cargos e Salários no início de dezembro; depois de orientar os professores com mestrado e doutorado a solicitarem a mudança de referencia junto a Secretaria de Educação, cientes que esta última não iria sequer receber os requerimentos; depois justificarem que usaram desta manobra para pressionar o governo desconsiderando que nós, e apenas nós, estávamos trabalhando para repor as aulas e mesmo assim, em confiança ao comunicado, nos mobilizamos em busca do reconhecimento de nossa formação; sem falar na apatia ante as mobilizações nacionais; na indiferença às orientações do Conselho Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) sobre acionar a justiça para cumprimento da Lei do Piso; e na falta de transparência com as nossas contribuições, cuja prestação de contas deveria ser feita anualmente, como rege o estatuto da APLB.
São muitos os descontentamentos com esta direção que diz nos representar e agora temos uma chance de mudá-la com a chapa “Luta e resistência”. E isso deve ser um motivo de força e renovação em nossa luta. Entretanto, outra preocupação nos remete a este chamado para a assembleia na próxima quarta que é a sua pauta. E por isso, colegas professores e professoras, precisamos nos fazer presentes em defesa do que foi acordado:
· Regência de 5%;
· Criação das referências G (mestrado) e H (doutorado);
· Todas as mudanças que não implicam em aumento de custos e dentre elas o enquadramento e mudança de referência automática. O que nos garante dar entrada no benefício em qualquer período do ano, com o prazo de 90 dias para deferimento e retroativo a data de entrada.
Lembrando que a nossa luta para incluir na reformulação do nosso Plano as gratificações por cursos de formação continuada é um direito assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/96) e não um favor.

Pela valorização do magistério e por uma representação digna da nossa categoria, força na luta!


"É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

domingo, 11 de março de 2012

AGORA TEMOS OPÇÃO!!! CHAPA 2: LUTA E RESISTÊNCIA!!


APLB TEM CHAPA DE OPOSIÇÃO:LUTA E RESISTÊNCIA


Vejam as fotos da inscrição da chapa:





quarta-feira, 7 de março de 2012

O PROFESSOR SERÁ O ÚLTIMO A SABER???

O PROFESSOR SERÁ O ULTIMO A SABER???

Prezados/as professores,


Dessa vez a mensagem segue com um tom de indignação. E adivinha por conta de quem? Do nosso sindicato, é claro. Sem qualquer constrangimento em demonstrar a sua intenção de eliminar uma possível oposição, elaboraram um edital com dois sábados e dois domingos fazendo parte dos dias para a inscrição de chapas. Ao mesmo tempo, sabemos bem o que esta diretoria está temendo, pois boa parcela das lutas ao longo dos últimos anos ocorreu muito mais por conta da base que reconhecia a necessidade de uma mobilização forte do que, necessariamente, por conta do interesse dos seus diretores.


Diante disso, cabe perguntar:

Já não está na hora de reagirmos a uma diretoria conservadora?

Você sabia que a montagem de uma chapa de oposição só acontecerá se você resolver dar a sua contribuição?
Você já pensou em mais três anos com essa diretoria sem fazer prestações de contas, com a ausência de uma política de defesa dos direitos adquiridos pelos professores e fazendo coalizões com o Governo Municipal e Estadual?


Já não está na hora de você sair da crítica e ajudar a criar a oposição a esta direção?


O tempo urge. Temos apenas essa semana para consolidar uma chapa de oposição e, sem a sua ajuda não será possível.

Contamos com a sua presença.

REUNIÃO DO GEED
DATA: 08/03
HORÁRIO: 18H
LOCAL: CUCA

Juntos somos mais fortes!

É possível lutar, é preciso vencer.

Esperamos a sua resposta e contribuição.

"É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)
           

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

JORNADA PEDAGÓGICA, PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO, DESVALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO: PODE ISSO CASEMIRO?

   A Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana, de tanto ouvir os professores reclamarem dos gastos exorbitantes com palestrantes/motivadores ligados à área empresarial que, todos os anos vem encher as cabeças dos nossos professores com os princípios da Pedagogia do Arco-Íris , resolveu mudar um pouco o direcionamento. No ano de 2012, o professor Casemiro Medeiros Campos, doutorando da Universidade Federal do Ceará, fará a conferência de abertura com o tema  “Saberes Docentes na Atualidade”.

   O presente palestrante apresenta o seu campo de pesquisa ligado a formação docente e gestão da Educação. No sentido de melhor conhecer sobre quem irá dialogar com nossa categoria, verificamos o que este produz através do seu site http://www.casemiroonline.com.br. Dentre os artigos escritos por este pesquisador vamos estabelecer o diálogo com o texto “A FORMAÇÃO DOCENTE”. A partir dele, iremos extrair nos seus fragmentos três elementos para a discussão: os nexos de sua proposta com o que vem ocorrendo na Rede Municipal; as contradições entre o discurso adotado pelo governo (ao trazê-lo como representante desta política) quando adentramos à prática social da educação em Feira de Santana e; as possibilidades da categoria organizada reagir a este estado de coisas.

   Neste artigo de opinião (seria arriscado dizer que este artigo é científico) o autor começa apontando o impasse que empresários encontraram a anos atrás, quando investiram na reforma de escolas sem sucesso na melhoria da aprendizagem. Diante disso, percebem que o foco deva ser na formação do professor. Em outro trecho, este chega a dizer que esta valorização do professor perpassa pela formação inicial e continuada, chegando até a apontar que melhoria dos salários se faz necessário. Para ele, investir no professor é o elemento chave para que se possa obter melhores resultados nas avaliações nacionais do ensino e de aprendizagem escolar.

   Ao final, o professor Casemiro chega a ser profético e apoteótico em sua afirmação, quando diz: “Não há segredos: a base da mudança na melhora da qualidade da escola encontra-se na formação dos professores e no acompanhamento do trabalho docente. Eis o nosso desafio: integrar na escola a gestão escolar e a docência!”. Ao leitor desavisado (talvez até alguns de nossos colegas que estarão na Jornada Pedagógica), estas informações ressoam como uma bela música aos ouvidos, anunciando novos tempos na educação de Feira de Santana. Todavia, precisamos ir um pouco mais além para a superficialidade dos fenômenos.

   Concordamos com o palestrante, quando ele anuncia a necessidade entre o atrelamento das boas condições de trabalho com uma formação consistente dos nossos professores. O problema que nos dois exemplos ele justifica implicitamente que deva ser a sociedade civil ( representado pelos “nobres” empresários)  a responsável por este novo momento de construção de um projeto educacional. Ele nega que existe um recurso público – FUNDEB – que foi uma conquista do movimento docente e que coloca  na pauta do dia cada vez mais a necessidade do Estado Brasileiro investir na educação. Enquanto a nossa categoria anuncia a urgência de investimento de 10% do PIB na Educação, o empresariado tenta sair na frente apresentando-se como portadoras de propostas educacionais para as escolas públicas.

Estranho... não acham? Neste contexto, nos perguntamos: do que vale a formação inicial e continuada se no concreto os professores estão submetidos a implementarem projetos organizados por empresas como possibilidade pedagógica? Analisando o quadro educacional do Município, já podemos perceber que esses inúmeros projetos já se proliferaram nas escolas municipais de Feira de Santana e, frente ao quadro de abandono pelo qual historicamente estes professores vem passando, muitos deles abraçam acriticamente como tábua da salvação pedagógica.

O segundo ponto a ser tratado está no que se refere ao que o autor destaca sobre a necessidade de se investir no professor, não somente na formação inicial, como na continuada. Neste ponto, queremos denunciar a contradição expressa. Ao longo dos oito anos de Governo José Ronaldo e ao término do governo Tarcísio Pimenta, constata-se um processo de retirada de direitos do Plano de Cargos e Salários. Fato que pode ser comprovado nas dificuldades em que os heróicos professores que se arriscarem em se submeterem a um programa de mestrado e doutorado precisam enfrentar, uma vez que o Governo não concede licença assegurando os vencimentos dos mesmos. As justificativas vão desde a inadequação do objeto de pesquisa à política educacional de Feira até aspectos geográficos (ou seja, para os gestores, não é interessante conceder a licença a quem se arriscar em fazer um curso de Mestrado na UEFS, por exemplo). Neste sentido, cabe indagar: é possível afirmar que o Governo Municipal vem investindo na formação docente?

    Como proposta que devemos tirar para este início de ano letivo é o de estarmos atentos às mensagens subliminares que insistem em transpassar as nossas consciências, travestidas em palestrantes renomados e de palavras doces que sempre fazem a síntese mais rasteira de que somente depende do professor para que a educação melhore. Utilizaremos a mesma lógica para dizer que somente depende dos professores (não pensando o cada docente de forma isolada, mas como aquele que pertence a uma categoria profissional) reagirem a esse processo de sucateamento, perda de nossa autonomia para decidir o que ensinar na escola, além dos impactos que sofremos com as condições de trabalho e salários.

   Convocamos os colegas neste início de ano letivo a refletirem sobre o que este governo prometeu em duas greves e não cumpriu. Precisamos de uma séria revisão do Plano de Cargos e Salários, pois, é flagrante a limitação entre a intencionalidade dos professores em progredir na carreira com a organização da política municipal de educação. Diante disso, só nos resta perguntar: pode isso Casemiro?



           "É preciso lutar... é possível vencer".
          GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

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