O Grupo propõe discutir obras que contribuam para a formação humana dos participantes; intervenção junto à categoria; proposições para a defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Construindo assim, uma intervenção qualificada na escola pública.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Plano de Carreira do Magistério de FSA no Buraquinho

Pois é... Se os professores de Feira de Santana ainda estão na esperança, de que este ano, a APLB/Sindicato inicie uma discussão sobre o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal é melhor esquecer. Esta esperança foi para o buraco, ou melhor, para Buraquinhos.

Fomos à sede da APLB, no final daquela manhã de quinta-feira do dia 05/11, depois de mais uma jornada de atividades na escola, na esperança de ouvir dos nossos “representantes” da categoria, sobre a possibilidade deste ano ainda termos um momento, uma assembléia, para discutirmos, dentro do processo de mobilização, as várias questões que ficaram pendentes no seu decorrer. Mas qual foi a nossa surpresa? Quando chegamos à referida sede nos deparamos com um cartaz que dizia assim: Dia de lazer em Buraquinho.

Imediatamente pensamos tratar-se de um anúncio publicitário de uma empresa direcionado aos professores, contudo, o que nossos olhos estavam vendo, era uma excursão organizada pela direção sindical. Não quisemos acreditar. Foi quando aquela delicada secretária fez questão de ler pausadamente de que se tratava o cartaz. E percebemos que era aquilo mesmo.

Em meio a um processo tenso pelo que passa a educação do município - estado precário das escolas, desvalorização do magistério -, a CNTE chamando atenção para a discussão sobre a implementação do Piso Salarial Nacional. E o nosso sindicato, que diz nos representar, está fazendo viagem de lazer para Buraquinho? Não que sejamos contra a dimensão do lúdico e do entretenimento. Isso também deve fazer parte da proposta do sindicato, mas o curioso é que essa direção nunca motivou um debate qualificado sobre formação cultural e possibilidade de políticas de lazer para a categoria (que dirás a dimensão política).

E pensar que para bancar os outdoors foi um árduo processo. Sem falar na carta da discórdia do dia 20 de maio (Não Vamos Pagar Essa Conta, título da carta), quando tivemos que passar a “sacolinha”, para garantir a sua divulgação. Ainda bem que os professores ali presentes, conhecendo as “práticas” deste sindicato, contribuíram fazendo suas humildes doações para que garantíssemos as cópias daquele material.

Vale lembrar professores que, em nossa última assembléia, dia 09 de setembro, foi deliberado que até o final do ano teríamos um calendário de assembléias, totalizando três até dezembro, com o objetivo de acompanharmos a efetivação das pautas de reivindicação da categoria pelo executivo. E, além disso, iniciarmos a discussão sobre a revisão das Leis que regem a educação no município e a construção/revisão do nosso Plano de Carreira. E para os desavisados, ou desinformados, como parece ser o caso do nosso sindicato (preferimos até acreditar nisso), temos um prazo para construção ou revisão dos planos de carreira até 31 de dezembro de 2009.

Então aos professores cabem duas reflexões:

1. Como um dia de lazer está acima de uma luta de mais de vinte anos da nossa categoria? O verdadeiro papel de um sindicato é representar a categoria levando até o poder público e outras instâncias os seus interesses, mas parece que não é o que acontece com o sindicato.

2. Esperamos que as nossas pautas de reivindicações que, certamente deveriam estar em algum dos ônibus deste passeio, venham bem bronzeadas e que a nossa direção esteja disposta a retomar as nossas discussões. Do contrário, vamos acreditar que, de fato, é no Buraquinho mesmo que vai ficar o nosso Pano de Carreira como luta pela valorização do magistério, no buraquinho do peleguismo.

GEED
PLANO DE CARREIRA: Remando contra um tsunami?

Você deve está se perguntando o porquê do título desta mensagem. Em um primeiro momento deve ter pensado que a tsunami a que estamos nos referindo trata-se do executivo municipal com as suas manobras para tentar nos amedrontar, ameaçando de diversas formas para que desistamos da luta.

Ou pode ter imaginado que seja à direção da APLB/Sindicato pelo seu posicionamento conciliatório frente ao governo, deixando, muitas vezes, a luta da categoria a reboque dos seus próprios interesses, se configurando como prática desmobilizadora.

Ou ainda, poderia pensar que sejam todas as dificuldades que estamos enfrentando para garantir a organização e consolidação do GEED – Grupo de Estudos Educação em Debate – pois estamos, desde setembro, fazendo discussões sobre a educação em Feira, tendo para isso, que, uma vez por semana, deslocar-me de uma lado a outro da cidade, em transportes alternativos, à noite, gastando com passagens, o meu famigerado dinheiro, para participar das reuniões. Além de nos ausentarmos da presença dos filhos; deixar a correção das atividades dos alunos, planejamento de aula, em nome dos nossos interesses da categoria.

Na verdade, a grande tsunami a que nos referimos, foi constatar que a discussão sobre o nosso Plano de Carreira, a Lei (01/94) que rege todos os nossos direitos enquanto profissionais do Magistério Público Municipal de Feira de Santana, que conta hoje, com quase 1800 professores, não está na pauta dos colegas da categoria como algo de extrema importância. E se está, o que justifica que no debate marcado para 15/12 só ter comparecido pouco mais de 30 professores pela manhã e uns 15 à tarde?

Aos que estiveram presente e aos que não estiveram, queremos  dizer que desde setembro estamos na luta para que o Sindicato puxasse esta discussão (lembram do debate dia 14/10?), para que não seguisse o exemplo de outras cidades da Bahia onde o plano de carreira foi construído pela própria Secretaria de Educação, deixando/retirando direitos históricos dos professores.

Lutamos junto ao sindicato, enviamos requerimento solicitando que se estabelecesse um debate aberto, democrático. E sabe por quê? Está em pauta a luta pela consolidação do Coordenador Pedagógico enquanto Cargo do Município; A melhoria da remuneração dos diretores que hoje ganham uma miséria de FGE; A garantia de que antes da realização do concurso ou de encher a folha com os trabalhadores contratados (estagiários), seja feito o enquadramento dos professores que estão em processo de substituição por meio da progressão vertical para que seja automática, e não esta vergonha que é hoje, onde os professores com diplomas de graduação e pós graduação tem que levar 4, a até 5 anos para mudar a referência pois a solicitação só pode ser feita no mês de dezembro.

Então companheiros/as, o que estamos esperando? Vamos deixar essa oportunidade passar e depois ficar chorando, lamentando, como aconteceu com a lei 026/2005 que limita em vários aspectos os nossos direitos? Dessa vez, muito mais do que culpar a direção da APLB por ter apenas no mês de dezembro  iniciado este debate após uma pressão do GEED para que o debate ocorresse, gostaríamos de ousar a compartilhar essa responsabilidade com todos/as que usamos da indiferença para os assuntos que dizem respeito à nossa categoria.

Agora só depende de nós: cabe saber se estamos dispostos a sermos quebra-mar e tornar esta TSUNAMI em marolinha.

GEED

Lor separat