O Grupo propõe discutir obras que contribuam para a formação humana dos participantes; intervenção junto à categoria; proposições para a defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Construindo assim, uma intervenção qualificada na escola pública.

domingo, 20 de junho de 2010


Professores/as,

Foi divulgado pela APLB-Sindicato o calendário parcial de reposição de aulas. Como todos podem ver, a reposição diz respeito apenas ao período do recesso junino.
  

18/06/10  REDE MUNICIPAL - CALENDÁRIO DE REPOSIÇÃO (JUNHO E JULHO/10)

CALENDÁRIO PERÍODO DA GREVE: 10.05 a 15.06.2010 DIAS LETIVO DO PERÍODO: Maio 17 dias Junho 10 dias Total 27 dias PROPOSTA DE CALENDÁRIO ESPECIAL – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO/APLB PARA REPOSIÇÃO DOS DIAS DE GREVE. MESES Nº DE DIAS LETIVOS SÁBADOS LETIVOS JUNHO/10 21, 22, 28, 29 e 30 - JULHO/10 01 - Obs.: Vale salientar que este calendário estará assegurado até o dia 01.07.10, os demais dias a partir do mês de passarão pela avaliação e decisão final do Conselho Municipal de Educação que deverá reunir-se em 01.07.10. As férias do magistério serão de 08.01.11 a 21.02.11. Feira, 17 de junho de 2010.


Diante disso, o GEED vem reforçar que é um direito do aluno o cumprimento dos 200 dias letivos. Neste sentido, é imprescindível que a reposição dos 27 dias de greve aconteça de forma qualitativa, garantindo a todos os alunos, que não compareceram à unidade escolar durante este período, acesso ao processo de ensino-aprendizagem. Assim, a reposição deve ocorrer nas unidades escolares considerando a existência de transporte para alunos e professores, os festejos juninos, principalmente na zona rural, os jogos da copa do mundo, dentre outros.

Precisamos também respaldar nosso processo de mobilização permanente junto aos alunos e pais de alunos, em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Contamos com o seu apoio nas próximas atividades, tendo em vista a luta pela alteração do Plano de Carreira.

"É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Professores e professoras,

  Não temos dúvida de que todo o nosso processo de mobilização "valeu a pena"! Foram 34 dias de luta e resistência. Durante este período realizamos diversas atividades que só foram possíveis graças a participação e empenho de cada um de vocês. Neste sentido, gostaríamos de agradecer a disponibilidade de cada um para assumir a luta pela valorização da educação e do magistério. No entanto, precisamos continuar em mobilização para que todo o nosso esforço não se dilua no processo de construção do Plano de Carreira. Por isso "PRECISAMOS ESTÁ ATENTOS E EM LUTA PERMANENTE!"


"É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

Segue abaixo, o relato da APLB-FEIRA sobre a reunião com o Executivo Municipal:

16.06.10
REDE MUNICIPAL - INFORMATIVO DA AUDIÊNCIA COM O PREFEITO (16/06/10)

Informativo Nesta quarta-feira 16/06/10 das 10h05min às 11h55min ocorreu a primeira audiência entre a diretoria da APLB/Feira e o Governo Municipal, com as presenças do Prefeito Tarcízio Pimenta e dos secretários: José Raimundo, Wagner Walter, João Marinho Gomes e Milton Brito (chefe de gabinete). A Diretoria Sindical iniciou a sessão defendendo a manutenção dos acordos estabelecidos anteriormente entre o Sindicato e o Governo, este acatou a proposta da Diretoria Sindical, como por exemplo: mudança de carga horária de 20 para 40 horas, mudança de referência (ambas com pagamento para julho de 2010); licença pecúnia com pagamento em 2010. Outra defesa enfatizada pelo Sindicato e aceita pelo Governo, foi o pagamento integral da remuneração do mês de junho dos Profissionais da Educação. Vale ressaltar que, também solicitamos a antecipação deste pagamento para 23/06, devido os festejos Juninos. O secretário Wagner Walter ficou de fazer o possível para atender esse pleito. Independente de ser ou não antecipado, o referido pagamento, sua efetivação ficou vinculada a entrega de uma proposta de reposição de aula pela Diretoria, até esta quinta-feira 17/06, para apreciação da SME e posterior definição do Conselho Municipal de Educação. Quanto a seleção simplificada de professores, a APLB propôs sua substituição pelo concurso público. Mas o Prefeito esclareceu que está preparando um certame nesse sentido, e que esse processo seletivo será acompanhado por coordenadores, cuja finalidade é EXCLUSIVAMENTE preencher vagas de estagiários que tiverem seus contratos encerrados. Assim, o objetivo do mesmo é tão somente construir um cadastro de reserva, ficando preservado o salário, a substituição, as horas extras, bem como outras vantagens do professorado efetivo. Por fim, a implantação das propostas de mudanças do Plano de Carreira do Magistério, já aprovadas em assembléias realizadas em 2009, pela briosa categoria, ocorrerá através de discussões entre a Diretoria da APLB e o Governo, que acontecerão durante os meses de julho e agosto, bem como a adoção do Piso Salarial Nacional do Magistério. O impacto financeiro dessas propostas será feito, no intervalo de tempo de 30 dias, finalizando toda discussão em setembro. Torna-se oportuno dizer que a audiência descrita nesse informativo, está de acordo com as propostas do Governo contidas no documento, entregue pelo Chefe de Gabinete, Milton Pereira de Brito à Diretoria da APLB/Feira, o qual foi lido e aprovado pela assembléia de professores realizada em 15/06, em frente a Prefeitura, culminando com a substituição da greve pelo estado de alerta de greve, com apenas dois votos contrários. Como a audiência de 16/06 desenvolveu-se em conformidade com as reivindicações anteriores e o conteúdo do documento aprovado, avaliamos, que, no momento, não se faz necessário a convocação de assembléias. Contudo é preciso nos mantermos em alerta, ouvindo os programas de rádio, acessando nosso site www.aplbfeira.com.br, e lendo os textos entregues nas escolas. Mais uma vez parabenizamos os professores pela brilhante participação/presença, sobretudo nos atos públicos. Valeu muito! APLB/FEIRA, SEMPRE NA LUTA COM VOCÊ. Feira de Santana, 16 de junho de 2010.


                      

DOCUMENTO: ACORDO EXECUTIVO E APLB

Do Cum en To

MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO

COLABORAÇÃO BASTANTE CRIATIVA DE UMA PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA.




segunda-feira, 14 de junho de 2010

AVANÇOS PARA CATEGORIA





LOCAL: GELATERIA ITALIANA
HORÁRIO: 9H.


 




"É preciso lutar... é possível vencer".
          GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

IDA AO FORÚM: ENTRADA DO MANDADO DE SEGURANÇA


ATENÇÃO PROFESSORES(AS),

Após assembleia no restaurante Kilogril nesta manhã de segunda-feira 14/06, professores dirigiram-se ao Fórum Desembargador Filinto Bastos, no intuito de entrar com um pedido de liminar contra a prefeitura de Feira de Santana. A ação tem como objetivo suspender uma série de medidas punitivas, entre elas o corte de salário, anunciadas pelo prefeito Tarcízio Pimenta através de decreto. O mandado de segurança foi recebido pelo juiz Roque Ruy Barbosa, da vara da fazenda pública, no Fórum Filinto Bastos.
 








Terça-feira 15/06 não perca nossa assembleia, estaremos discutindo futuras estratégias e dando o repasse sobre o mandado de segurança.















VAMOS À LUTA! É PRECISO LUTAR, É POSSÍVEL VENCER!



"É preciso lutar... é possível vencer".

GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)




domingo, 13 de junho de 2010

REPASSE DA REUNIÃO COM O EXECUTIVO MUNICIPAL 11.06.

NESTA SEGUNDA FEIRA, ÀS 8 HORAS, ASSEMBLÉIA NO ESPAÇO DO RESTAURANTE KILOGRIL, E VISITA AO FORUM FILINTO BASTOS, 
 PARA ENTRADA DE MANDADO DE SEGURANÇA.


REPASSE DA REUNIÃO COM O EXECUTIVO MUNICIPAL

Professores/as,

Podemos dizer que o dia 11 de junho vai ficar marcado na história das lutas pela Valorização do Magistério na Princesa do Sertão. Diante do Decreto 8.011/2010 apresentado pelo Executivo Municipal, apelando para recursos que lembram um passado não muito distante: a Ditadura Militar. Bravamente, os professores resistiram mais uma vez, não deixando que a manifestação fosse esvaziada.
Concentrados em frente ao Paço Municipal, os professores de forma concreta e coerente reafirmaram a Greve e, deram uma resposta ao Governo Pimenta e sua truculência, deixando claro que as perseguições não os farão retirar-se da sua condição de mobilizados.
Esse incômodo necessário fez com que o Executivo Municipal, representado pelo Chefe de Gabinete, o Sr. Milton Britto recebesse a Comissão de Professores para reabrir as negociações. No momento oportuno, solicitamos a presença do Prefeito para buscarmos esclarecimentos sobre o famigerado Decreto. No entanto, o seu representante informou que ele se encontrava no Distrito de Maria Quitéria e que não poderia nos receber. 
Apesar da dificuldade em agilizar as negociações apenas com a presença do Chefe de Gabinete, em respeito à própria categoria que esperava uma sinalização sobre este encontro, permanecemos no local e decidimos participar da referida reunião, sem perder de vista, a necessidade de outra na semana posterior com apresentação de propostas de ambas as partes.
Dentre as principais proposições discutidas neste breve momento de negociação tivemos:

1. Proposta de escalonamento das perdas salariais decorridas com a desvalorização salarial nos últimos anos.

O representante mais uma vez aponta que o Governo não disponibiliza de recursos para prover o reajuste dos professores. Segundo ele, o Governo já utilizou 70% do seu orçamento previsto para todo o ano. Diante do impasse foi apresentada a proposta de escalonamento de reajustes reparatórios das perdas salariais sofridas nos últimos anos, quando comparadas com a inflação vigente. O Sr. Milton Britto ficou de encaminhar essa proposta ao conhecimento do Prefeito e Secretário da Fazenda e destacou a necessidade de outra reunião, agendada para 14 de junho (segunda-feira) às 17h, com local a ser definido. Vale ressaltar que, ainda não havia sido apresentada durante as negociações anteriores nenhuma proposta de reparação das perdas salariais por meio de escalonamento

2. Debate sobre o Plano de Carreira

A comissão questionou  os critérios para realização do estudo, uma vez que a alegação do governo sobre inchaço da folha de pessoal, utilizada como obstáculo ao reajuste, pode ser resgatado para não efetivar pontos da proposta do plano de carreira que a categoria julga fundamentais. Neste sentido, entendemos que existe a necessidade de solicitar que o executivo se  posicione com clareza, e por escrito, com relação a pontos como mudanças de referências automáticas, alteração de carga horária, FGE, incorporação de curso e vale-refeição.
O posicionamento do governo até o momento é de não comprometer-se a  sinalizar garantias imediatas dos pontos supracitados, ao contrário, em reuniões anteriores foi apontada uma dificuldade de efetivar qualquer ponto que implique em impacto na folha de pagamento. Vale ressaltar que, já existe uma sinalização por parte da Categoria de um debate específico sobre a Alteração da Lei 01/94 (em anexo), no qual já foi deliberada e encaminhada à Procuradoria do Município, cujo documento ainda não teve uma resposta significativa por parte do mesmo.

3. Retorno em valorização salarial das verbas do FUNDEB

Foi colocado que o reajuste da categoria não corresponde ao valor repassado pelo FUNDEB como forma de valorização do magistério. Enquanto o Governo Municipal reforça o discurso falacioso de que o reajuste de 6% foi o maior dado por um governo esse ano, os professores em negociação retomaram o debate sobre a necessidade do reajuste ser aplicado de acordo com o valor do custo-aluno, que inclusive estaria acima do encaminhado em negociações anteriores (15.93%). Além do mais, o FUNDEB por ser um recurso específico para a educação, não pode ser relacionado com a Folha dos servidores do Município.
O representante do governo respondeu que a presente gestão vem trabalhando pela  qualidade da educação e que a grande prova são a compra das lousas e bebedouros digitais, inclusive quando questionado sobre os condensadores que produzem apenas 20 litros de água por dia, não atendendo às necessidades dos estudantes, o Chefe de Gabinete aponta a saída mais uma vez pelo desperdício, sinalizando a necessidade de novas aquisições destes materiais.
 Entendemos aqui o discurso contraditório promovido pelos setores de governo que, ao mesmo tempo em que aponta o inchamento de recursos financeiros para o atendimento das pautas de reivindicação dos professores, sinalizam a continuidade da “farra digital”.

 4. Suspensão do Decreto

 Foi colocada no debate a forma arbitrária como se deu o Decreto e Convocação do Edital. Ao mesmo tempo, foi apontado como contraditório como um governo que se coloca enquanto democrático apela para a ilegalidade de uma greve, demonstrando total desespero frente ao impasse nas negociações. O Chefe de Gabinete quando questionado sobre o documento e da sua validação dentro de uma política municipal, se colocou enquanto desconhecedor da sua aplicabilidade, apenas apontando que setores responsáveis em legitimar esse Decreto estão  parados, por conta da Greve da justiça. Foi informado em momento oportuno que professores em mobilização irão entregar na segunda-feira (14/06) um mandado de segurança como forma de repúdio ao ato abusivo do presente Governo e como proteção dos professores em pleno direito de suas reivindicações.

Entendemos assim que o momento é de sermos extremamente estratégicos e surpreendermos mais uma vez o governo municipal.

Assim como a perseverança na mobilização desmontou o que o executivo planejava ser o “golpe de misericórdia” de nossa greve (o famigerado decreto No 8.011), forçando a reabertura das negociações ainda em greve, precisamos mais uma vez escolher a estratégia  certa e mostrar  que ninguém além da própria categoria tem o poder de findar a nossa mobilização.
 Precisamos anunciar para que o governo não tenha duvidas  que não vamos recuar antes que ele avance nas negociações. No entanto, para que possamos convencê-los disso, precisamos convencer a nós mesmos que somos fortes e organizados o suficiente para superar o autoritarismo do Governo Tarcízio Pimenta pela solidariedade de classe, e  esta prova será dada estando juntos nesta segunda-feira, para garantirmos nossa força nas seguintes atividades.


ASSEMBLEIA DA CATEGORIA
 Local: ESPAÇO KILOGRILL
Horário: 08H

GARANTIA DA ENTREGA DO MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA O DECRETO ABUSIVO DO GOVERNO
Local: Fórum Felinto Bastos
Horário: 10h


FORTALECER O PODER DE NEGOCIAÇÃO DA COMISSÃO ATRAVÉS DA PRESSÃO DA MOBILIZAÇÃO.
Local: À definir
Horário: 17h


VAMOS À LUTA! É PRECISO LUTAR, É POSSÍVEL VENCER!

 
          "É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

REPASSE DA COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO COM APLB E CARTA ABERTA À COMUNIDADE



COMPANHEIROS/AS,

Vamos tentar, sucintamente, falar para vocês qual foi o nosso posicionamento, enquanto integrantes da Comissão de Mobilização, desde que tomou conhecimento do decreto do executivo:

Depois do susto de ontem, quando ficamos sabendo da informação sobre o Decreto, fomos tomados pela preocupação, pois já sabíamos que o objetivo do prefeito era meramente acabar com o movimento e nos desqualificar. Desde modo, o executivo percebendo que não adiantaria colocar notas no rádio nem na televisão convocando os professores para o retorno às escolas, o mesmo resolve dá uma cartada mais sórdida, complementando com o Edital Simplificado para substituir os professores efetivos. 
 
Diante disso, entramos imediatamente em contato com um advogado da área de Direito Público, no sentido de saber da legalidade da atitude do prefeito, na sequência averiguamos com alguns vereadores de oposição se o referido Decreto tinha passado pela Câmara ou se os mesmos tinham ciência do assunto.

Hoje, a comissão se dirigiu à sede da APLB (Vânia, Fernanda, Hildete, Vivian, Karla, Sheila, Priscila, Edson e Verena) onde tivemos duas reuniões: uma pela manhã e outra à tarde, para que pudéssemos avaliar o movimento e traçar estratégias. Durante a manhã decidimos que o ato seria de repúdio ao posicionamento apresentado pelo Executivo. E decidimos que não iríamos recuar frente a esta posição covarde do poder local em relação a nossa categoria.

Em conversa com o advogado da APLB, Dr. Vésper, o mesmo afirmou que já estava encaminhando providência cabível para a ação arbitraria do governo em lançar um edital para a contratação imediata de professores, no qual um mandado de segurança seria a possibilidade mais viável para garantir os direitos dos professores, visto que, a lei de greve 7783. art 7, parágrafo único, impede contratação no período de greve.

Desta forma pensamos em criar estratégias como: colocar o carro de som para fazer passagens no centro da cidade e nos bairros; construirmos uma carta aberta à comunidade para esclarecer a sociedade; notas em rádios; foi sinalizado os outdoors.

Sendo assim, convocamos os professores a permanecerem firmes no nosso propósito de repudiar as praticas arbitrarias e esse legado de silêncio imbuído historicamente desde o Governo José Ronaldo e que se reafirma nesse momento com o atual prefeito Tarcízio Pimenta.

Abaixo à política da mordaça!!!

"É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)



O Prefeito do Município de Feira de Santana, Tarcízio Suzart Pimenta Filho, revive vestígios da ditadura Militar brasileira, com a famigerada publicação do vergonhoso decreto no 8011/2010, atentando de forma autoritária para a coação dos professores. Com isso, percebemos o ataque aos direitos de docentes efetivos com experiências educacionais nas escolas do município, tais como: suspensão dos benefícios historicamente adquiridos pelos professores; indeferimento das licenças-prêmio, alterações de carga horária, mudanças de referências e solicitações de aposentadorias, dentre outras.

Dando continuidade a seus atos abusivos, o governo promove outra irregularidade, estabelecendo um Processo Simplificado para contratação temporária de professores, desprezando os critérios de qualidade da educação pública básica, apontado pelo Plano Nacional de Educação.

O prefeito, preocupado apenas em desmontar a justa greve do Magistério Municipal, permite e incentiva a superlotação das escolas da rede de estagiários “selecionados” por mero interesse político eleitoral, via cooperativas. Isso demonstra o seu real descompromisso com a qualidade da educação, ao deixar de observar os requisitos necessários para o ingresso e acompanhamento do estágio supervisionado, descaracterizando o objetivo do estágio docência, conforme determina a lei 11. 738/08 que dispõe sobre o estágio supervisionado. Hoje, enquanto as escolas funcionam com 1.772 professores efetivos e 850 estagiários, estes últimos assume o papel de professores titulares, sem nenhum acompanhamento pedagógico. Isso é uma agressão às normas do estágio supervisionado e à qualidade da educação, reforçando uma prática perversa de contratação de mão-de-obra barata e inviabilização de futuros concursos pública.

O governo permanece veiculando o pseudo-discurso de que continua disponível ao diálogo, quando na verdade, vem radicalizando sua posição oferecendo um dos menores reajustes do interior baiano. Municípios bem menores e com arrecadações bastante inferiores, tais como Conceição do Jacuípe (10%), Terra Nova (12%) e Lauro de Freitas (12%), com receitas do FUNDEB significativamente menores que Feira de Santana (6%), tiveram percentuais maiores. Ao mesmo tempo, a alegação do Executivo de que atendeu todas as pautas de reivindicações, não são verdadeiras, pois, itens como o Plano de Saúde, mudanças de referências e alteração de carga horária, são na verdade direitos, há muito, adquiridos, com excessão do plano de saúde e vale refeição.

Diante disso, gostaríamos de esclarecer à comunidade feirense o que, de fato, vem ocorrendo durante este processo de greve. O governo não consegue explicar como diante do aumento significativo do FUNDEB (Verba exclusiva para a Educação) não podem reverter esses valores na melhoria do pífio aumento de 6%. O principal problema, inclusive anunciado pelo governo, é o inchamento da Folha de Pessoal, com muitos cargos de indicação política. Lamentamos assim, que o governo Municipal, que se dizia democrático, deixa “cair a máscara”, rasgando o nosso Plano de Cargos e Salários, e promovendo atos despóticos.

Convidamos assim, a comunidade a participar desta luta pela qualidade da educação e pela Valorização do Magistério no Município.


Feira de Santana, 10 de junho de 2010.


A DEMOCRACIA DITATORIAL DO GOVERNO MUNICIPAL

A DEMOCRACIA DITATORIAL DO GOVERNO MUNICIPAL DIANTE DA GREVE DOS PROFESSORES


O poder executivo volta a atacar com uma dobradinha que já vem se consagrando durante o processo de mobilização dos professores: ameaças e falácias. Diante do exposto, iniciaremos este debate trazendo alguns elementos que posteriormente poderão ser complementados pelos/as companheiros/as.

No dia 02 de junho em frente à Secretaria de Educação o Senhor José Raimundo usando de toda a sua truculência dirigindo-se aos Professores em estágio probatório, fez o seguinte comentário: 

"Vocês têm sorte porque é uma democracia, se fosse ditadura vocês estariam fora".

Agora leia um trecho da matéria publicada hoje pela SECOM, cujo título era "Governo Pede Ilegalidade da greve”: 

"O Governo Municipal requereu ao Poder Judiciário que considere ilegal e abusiva a greve insistentemente mantida pelos professores. A medida faz parte de um decreto baixado, no final da tarde desta quarta-feira (9) pelo prefeito Tarcízio Pimenta, que determina ainda a contratação temporária de professores e suspensão de todos os benefícios e vantagens da carreira da categoria, a exemplo de licença-prêmio."

Dessa vez, o governo municipal tenta ameaçar os professores com um decreto que está assentado na acusação de ilegalidade do movimento e para isso usa a única forma possível de deslegitimar a nossa greve: a mentira.

Segundo este Decreto arbitrário nossa greve seria ilegal porque:

Todos os pontos de pauta já foram atendidos menos o ABUSIVO reajuste. Diante do termo apresentado e do argumento de cumprimento da pauta, perguntamos: Quando nosso vale refeição foi liberado? Foi apresentado um Plano de Saúde para os servidores com cobertura ampla e direito a internação? Quando as reformas das escolas passaram a contemplar ampliação e não só pintura? Houve acordo em relação a nossa proposta de plano de carreira?
E quanto ao abusivo reajuste, é abusivo pedir um reajuste de 15% quando o reajuste da verba destinada a valorização do magistério cresceu na ordem de 24% só no atual governo?

O governo afirma que a greve é ilegal porque ele vem aplicando sistematicamente uma taxa de reajuste diferenciado para nossa categoria nos levando a ganhos salariais significativos.
No primeiro ano do governo atual o reajuste não só não foi diferenciado, como só cobriu as perdas inflacionárias, já este ano, a proposta do executivo anterior ao movimento de greve nem se quer cobria as perdas inflacionárias do período como também não previa qualquer diferenciação com relação ao resto do funcionalismo.

Diz que a greve é unicamente de cunho político-sindical. Entretanto, quando o maior piso salarial da região vira um dos menores pisos salariais da região não há o que se questionar sobre as motivações do movimento, que certamente não possuem natureza político-sindical. Estamos lutando pela valorização do Magistério que tem sido historicamente dilacerado pelas políticas públicas de nosso governo.


Sobre o famigerado Processo Seletivo Simplificado, gostaríamos de reafirmá-lo como ilegal e ilegítimo, mostrando as suas contradições e ilegitimidades:

1. Está previsto a contratação de 150 professores

Qual o critério utilizado? Se forem os professores que aderiram à greve, nem de perto corresponde à realidade. Se forem os professores em estágio probatório, aí caracteriza concretamente que este edital é uma continuidade das ameaças feitas pelo Secretário de Educação, na manifestação em frente à SEDUC, no dia 02/06/2010, inclusive com a chancela do Procurador Municipal.

O interessante é que, os critérios para a seleção dos estagiários nunca foram divulgados. Muitos desses são indicados por cabos eleitorais deste governo, deflagrando assim a política da barganha e a troca de favores no serviço público. O governo deveria se envergonhar de sua postura. Foi capaz de, no momento de greve, apressar-se em anunciar edital para Processo Seletivo para professor com licenciatura, mas por anos delega às cooperativas a atribuição da escolha de professores estagiários que irão atuar na Rede Municipal de Ensino.

2. Processo Seletivo x Concurso Público

Se o governo estivesse tão preocupado com o suprimento de vagas, já teria resolvido o problema de muitos professores efetivos da Rede Municipal que durante anos estão ocupando vagas reais como professores substitutos, promovendo a alteração de carga horária dos mesmos. Com isso, o Concurso Público seria concretizado ainda no primeiro semestre e poderíamos caminhar para o resgate da valorização do Magistério.
Mas o que se percebe é esse Processo Simplificado lança no Município um período de intensificação da Reestruturação Produtiva, com o ataque à estabilidade no serviço. Sendo assim, os anseios pelo Concurso Público foram suprimidos por uma Seleção Simplificada, covardemente assumida em processo de greve.

3. Sobre a especificação das vagas (Pedagogia-120; Matemática-10; Letras Vernáculas- 10; História e Geografia-05; Ciências-05)

O mesmo Executivo Municipal que teve a coragem de divulgar as vagas para ocupação dos supostos candidatos por áreas específicas, poderia também, como forma de respeito à própria comunidade, divulgar quantos estagiários possuem no seu quadro e as áreas específicas que eles ocupam. Além do mais, esse grupo que aí está no seu segundo mandato (quando José Ronaldo era prefeito) tratou de baixar edital de concurso público em que não constava essa especificidade por área. Resultado disso: muitos professores com nível superior ingressaram na Rede, recebendo salário de nível médio. Neste suposto processo seletivo, o Governo agora escancara, anunciando o que poderia ocorrer em um futuro concurso público: a manutenção do golpe de nomear professores com nível superior (referência “e”) e pós graduação (referência “f”), recebendo o vencimento de referência “a”(professores com nível médio).

4. Critérios de Seleção

Apontamos como esse governo brinca, inclusive, com a vida das pessoas, ao colocar trabalhador contra trabalhador. No caso da seleção existe outro agravante, relacionado a idoneidade do processo. Segundo o famigerado edital, os critérios de seleção seriam: a) requisitos necessários a cada contratação (formação acadêmica e/ou profissional); b) experiência e atuação em docência; c) cursos de extensão, pós-graduação e capacitação profissional; d) investigação da veracidade das informações contidas nos currículos e na documentação apresentada.
Em nenhum momento foi demonstrado como se daria o critério para cada item, neste caso, como seria a pontuação atribuída a cada item apresentado, ou tipo de experiência. Ou seja: a seleção é “pública”, mas os critérios de classificação são particulares. Neste caso, os interesses particulares são daqueles que irá compor a comissão de Avaliação (representante da Secretaria Municipal de Educação, representante da Secretaria Municipal de Administração; representante da Procuradoria Geral do Município). Foram esses mesmos órgãos que se articularam para promover no início da Greve o corte de salários.


5. Sobre a disponibilidade de contratação

O edital aponta que “A disponibilização das 150 (cento e cinqüenta) vagas previstas neste Edital não gera direito a contratação de quaisquer de uma delas”. Fica claro que este edital é uma tentativa de coação dos professores de retorno da greve de forma arbitrária, pois, não dar garantias nenhuma àqueles que forem classificados, mesmo o Executivo Municipal anunciando que seriam para 150 vagas.

Não sei o que estas informações causaram de impacto em vocês. Para alguns pode ter sido indiferença, para outros medo e para alguns até surpresa. Pois bem: neste momento, o sentimento que podemos ter agora é o de indignação. Pois, em pleno regime democrático, estes senhores utilizam dos seus recursos mais sórdidos para desconsiderar a nossa capacidade de organização e de reivindicação. No entanto, a nossa indignação somente tem respaldo se a transformarmos em força e resistência. E para isso, precisamos está fundamentados para esta batalha.
Querem passar por cima da Constituição Federal e da Lei 7793/89, que assegura o direito de greve, quando destaca no seu artigo 7º, parágrafo único: Parágrafo único. “É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos (...)”.

Com relação a esta atitude, entramos em contato com os Vereadores Ângelo Almeida e Marialvo Barreto que se disponibilizaram em nos apoiar frente a mais esta ameaça. Como forma de registro do apoio, transcrevemos a fala do Profº Marialvo, quando diz:


“É uma atitude incoerente. Certamente a justiça vai se pronunciar favorável aos professores, pois as reivindicações dos docentes são justas uma vez que houve um aumento considerável dos repasses das verbas do FUNDEB de 2009 parra 2010. Isso só mostra a incapacidade do prefeito Tarcisio Pimenta e do Secretário José Raimundo em gerenciar crises. A convocação de um Edital simplificado para contratação de professores para assumirem o lugar dos professores efetivos em greve é o sepultamento político desse grupo. Este edital simplificado é uma excrescência e revela a falta de compromisso  com a educação de Feira de Santana. Professores, mantenham-se na luta!” (Vereador. Marialvo Barreto – 09/06/2010).

Também já conversamos com um advogado, especialista em direito público, e o mesmo nos informou que o decreto de Tarcísio Pimenta se constitui como abuso de poder, pois ao estabelecer um Edital de seleção simplificado para substituir os “grevistas”, o mesmo está nos retirando o direito de greve. Passando por cima da categoria. Além disso, ao analisar, cuidadosamente, a Lei de Greve vimos que não infligimos nenhum dos pontos estabelecidos nesta lei. Neste sentido, o advogado chegou a sinalizar que cabe, neste caso, um Mandado de Segurança.  
   
Diante disso, companheiros, o único caminho que vislumbramos agora é o de continuar na luta! Precisamos tomar as ruas de Feira de Santana e fazer ecoar na Bahia e no Brasil, a forma como este governo, sob o discurso do “governo democrático” de mentira, quer resgatar os procedimentos da Ditadura Militar Brasileira (1964-1985).


Se a luta é necessária, que ela seja cotidiana!!!


Feira de Santana, 10 de junho de 2010.




          "É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Governo ditatorial de Tarcízio Pimenta e José Raimundo

O Governo ditatorial de Tarcízio Pimenta e José Raimundo pede ilegalidade da greve e contratação imediata de professores

  Professores, nós, da comissão de mobilização, fomos tomados de surpresa por uma notícia veiculada no site da prefeitura nesta quarta-feira (09/06/2010). No final da tarde o governo do atual prefeito Tarcizio Pimenta, solicitou ao poder judiciário que considere a greve ilegal e abusiva. Além de determinar, através de um decreto, a contratação temporária de 150 professores para substituir os grevistas. Isso só comprova o descaso que o poder executivo vem apresentando em relação a categoria dos professores de Feira de Santana. Como se não bastassem as notas publicizadas na televisão, agora o mesmo expõe que a democracia fora suprimida pelo retorno à ditadura.

  Entramos em contato com os Vereadores Ângelo Almeida e Marialvo Barreto que se disponibilizaram em nos apoiar frente a mais esta ameaça e transcrevemos a seguir a fala do Profº Marialvo:

  “É uma atitude incoerente. Certamente a justiça vai se pronunciar favorável aos professores, pois as reivindicações dos docentes são justas uma vez que houve um aumento considerável dos repasses das verbas do FUNDEB de 2009 parra 2010. Isso só mostra a incapacidade do prefeito Tarcisio Pimenta e do Secretário José Raimundo em gerenciar crises. A convocação de um Edital simplificado para contratação de professores para assumirem o lugar dos professores efetivos em greve é o sepultamento político desse grupo. Este edital simplificado é uma excrescência e revela a falta de compromisso  com a educação de Feira de Santana. Professores, mantenham-se na luta!” (Vereador. Marialvo Barreto – 09/06/2010).

Amanhã (10.06), às 9:00 horas, estaremos na APLB para deliberar junto ao sindicato sobre as medidas legais a serem tomadas em relação a este decreto. 

Agora mais que do nunca precisamos nos tornar ainda mais fortes!!!!


Vejam a matéria sobre o Decreto na íntegra no site da prefeitura:




          "É preciso lutar... é possível vencer".
          GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

AS MENTIRAS DO EXECUTIVO

AS MENTIRAS DO EXECUTIVO MUNICIPAL SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES




1- “Os professores entraram em greve atropelando as negociações”.

Resposta: Os professores estão em negociação com o Executivo Municipal desde abril de 2009. Somente este ano foram 5 rodadas de negociação com o Executivo que resultou em um irrisório reajuste de 4,31%. Diante da intransigência em negociar um novo valor a categoria deflagrou greve por tempo indeterminado, desde o dia 10 de maio, anunciada quatro dias antes.

2- “A maioria dos professores ganham acima de 3.000 reais”.

Resposta: São 522 professores, dentre eles graduados e pós-graduados, que ganham R$ 537,85. Nem mesmo um professor que trabalha 40 horas e já tenha mais de trinta anos de serviço, chega a ter o salário base com este valor.


3- “A prefeitura pode cortar o ponto dos professores e que os professores em estágio probatório não podem fazer greve”.

Resposta: Consideramos arbitrário o corte do ponto dos professores. O direito de greve está assegurado na Constituição Federal de 1988, quando no seu Art. 9 afirma que: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. Tratando-se de direito fundamental do trabalhador, mesmo aqueles servidores ainda não estáveis, submetidos ao chamado “estágio probatório”, têm direito de greve nos mesmos termos dos servidores estáveis.

4- “Professores pedem privilégios ao exigirem reajuste diferenciado das outras categorias do funcionalismo público”.

Resposta: Os professores estão reivindicando a correção das perdas salariais dos últimos anos e a transparência com o uso das verbas do FUNDEB. De acordo com a Lei Federal nº 11.494/2007, no mínimo 60% do FUNDEB deve ser usado, única e exclusivamente, para o pagamento dos professores. Além do salário ser pago com este recurso específico, ele deve ser corrigido anualmente pelo valor-aluno, que atualmente elevaria o salário inicial de 20 horas semanais para R$ 656,00.


5- “Alguns professores serão beneficiados com até 100% de reajuste com os benefícios”.


Resposta: Estas são informações vergonhosamente distorcidas! Os benefícios a que se referem são: mudança de referência é garantida pela Lei do Servidor 01/94, onde consta a progressão de carreira do professor no município. O executivo está desrespeitando a Lei ao usar essa mudança como se fosse uma vantagem oferecida aos professores durante a negociação; e o enquadramento também é um direito previsto em Lei (01/94) e os professores que solicitaram mudança de carga horária estão trabalhando em vagas reais. Entretanto o Secretário de Educação, mesmo diante do escandaloso número de estagiários, tem se negado a atender à todas as solicitações de enquadramento.


6- “A proposta de plano de saúde contempla a necessidade dos professores e servidores de modo geral”.

Resposta: Em assembleia os professores se posicionaram contra a forma como vem sendo proposta o Plano de Saúde que é a construção de uma casa com apenas atendimentos ambulatoriais. Para a categoria existe uma necessidade de atendimentos de alta complexidade envolvendo internamentos. Os próprios representantes do Executivo na reunião do dia 11 de maio reconheceram os limites do Plano de Saúde, apontando que o mesmo não atende às reais necessidades dos professores.


7- “A prefeitura já está cumprindo a reivindicação por reformas nas escolas”.

Existem três pontos em que os professores consideram críticos no que se refere às reformas das escolas:

1. Falta de critérios na prioridade das escolas; 2. Reforma de fachadas e; 3. Lentidão no processo das reformas causando transtorno transtornos no calendário letivo.

8- “A prefeitura se manteve e continua mantendo-se aberta ao diálogo e a negociação”.

Resposta: Uma prefeitura que se diz aberta ao diálogo e age desrespeitosamente ao violar o direito de greve? Gastando o dinheiro público com uma matéria televisiva informando sobre a continuidade das aulas? Ameaçando o corte de ponto dos professores, exigindo a “lista 2” dos grevistas? Além disso, temos ainda mais um agravante contra a postura do Executivo: contrariamente às notas de democracia veiculadas na mídia, diretores e professores foram e estão sendo ameaçados pela fiscalização nas escolas, por cortes de ponto e demissão, ferindo o Artigo 6º da Lei 7.783/89:


§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.


§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.


9- “As verbas do FUNDEB diminuíram por conta da evasão de 4.000 estudantes”.

Resposta: Em matéria pelo blog do Glauco Wanderley, nos dias 08-05-2010 (FUNDEB: R$ 4 milhões a mais em quatro meses) e 09-05-2010 (Recursos Federais para a educação subiram 137% de 2006 a 2009) comprovam como as receitas deste Fundo aumentaram nos últimos anos e como somente em 2010, já chegou a R$ 23.095.724,11, R$ 4 milhões a mais em relação a 2009, quando nos quatro primeiros meses do ano este valor alcançou o valor de R$ 18.838.983,72.


10- “A prefeitura já respeita a Lei do Piso”.

A Prefeitura desrespeita a própria Lei Municipal (01-94) que garante um piso de 1.75 em relação ao menor salário pago no Município. De acordo com esta lei, um professor em início de carreira estaria ganhando R$ 890,00. Desrespeita também o piso nacional, que segundo a Lei 11.738, o menor valor pago ao professor com Magistério (20 horas) deve ser de R$ 656,00. A Prefeitura quer se fundamentar em uma consulta do MEC feita a Advocacia Geral da União, que não tem nenhum valor legal, para afirmar que o piso salarial é de R$ 512,00. O próprio valor já sinaliza sua natureza ilegal, pois nenhum trabalhador poderia ganhar menos que o mínimo, não havendo sentido estabelecer um piso R$ 2,00 acima do mínimo.



Bem... Para não passarmos enquanto “aqueles que somente contaram as mentiras desse governo”, aí vai uma verdade propagada por estes senhores nas reuniões com a comissão de Negociação: a folha está inchada, com cargos comissionados...



"É preciso lutar... é possível vencer".

GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

terça-feira, 8 de junho de 2010

SECRETÁRIO: “Se fosse no tempo da ditadura, vocês estariam fora”

Professores e Professoras,

Assembleia Geral nesta Quarta-feira (09.06), no Kilogril, às 9:00h.


Vejam a matéria no Tribuna Feirense sobre a ameaça de José Raimundo aos professores:


Vereador lamenta declaração polêmica de secretario de Educação a professores

Uma declaração do secretário municipal de Educação, José Raimundo Azevedo, a professores da rede municipal que estão em greve há quase um mês, acabou repercutindo negativamente na Câmara Municipal, durante a sessão desta segunda-feira. O vereador Ângelo Almeida (PT) destacou a postagem feita no Blog do Velame (www.blogdovelame.com) sobre o assunto.

O edil informou que circula na internet uma gravação, em áudio, em que o secretário diz que “se fosse no tempo da ditadura, vocês estariam fora”, certamente se dirigindo a alguns professores. “Eu não esperava que algum secretário poderia manifestar algo nesse sentido, sentir saudades da ditadura”, salientou Ângelo. Confira abaixo a nota do Blog do Velame. (Ordachson Gonçalves)

Professores acusam secretário de ameaça

A greve dos professores da rede municipal de Feira de Santana continua rendendo polêmicas. Circula na internet uma gravação onde o secretário municipal de educação José Raimundo Azevedo (foto) diz que “os professores tinham sorte, pois estavam no regime democrático, se fosse numa ditadura eles veriam uma coisa...”. A colocação infeliz do subordinado do prefeito Tarcízio Pimenta foi interpretada como ameaça pelo movimento grevista que espalhou o áudio com a fala do secretário via e-mail. A suposta ameaça teria sido feita durante manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação, na manhã do dia 02/06. “Sou professora da Rede Municipal de Feira de Santana e estou indignada com a postura de José Raimundo ao ameaçar os professores. Precisamos mostrar a este secretário que a categoria não tem medo dele. Vamos para as ruas lutar por nossos direitos”, escreveu a professora Lorenna Almeida em e-mail encaminhado ao Blog do Velame. 


"É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PARÓDIAS



Paródia: O jiló do precarizado (Música: Amargo que nem jiló - Gilberto Gil)


Se a gente deixa assim como está
e não luta  pelo que  a gente perdeu
pro governo então assim é que bom
professor se convencer
com   6 % a receber
e não sofrer

Porém se a gente vive a lutar
e não aceita o FUNDEB perder
 6 % então assim é ruim
eu digo isso por mim
que vivo doido a sofrer

Ah, quem me dera ganhar
um salariozinho  melhor
o salário que  ganho é ruim
 amargo que nem jiló

Mas ninguém pode dizer
Que eu vou me acomodar
Prefeito o meu remédio é lutar
Prefeito o meu remédio é lutar

Paródia: Mantivemos a greve  (Música: Meu Pitiguari de André e Mazinho)
Mantivemos a greve, pois não houve avanços
Categoria Unida, Greve Mantida, A Luta vai continuar!

Só há promessa, quem acredita é bobo
Sem ver a hora de se efetivar
Pois as palavras somem feito vento
Sem algo escrito, não vamos parar
(não vamos parar)

Mantivemos a greve, pois não houve avanços
Categoria Unida, Greve Mantida, A Luta vai continuar

 "Revolução na Educação"
Aliado à valorização
Com novo Plano de Carreira, Plano de Saúde
Reajuste Salarial (ou não vamos parar)


Mantivemos a greve, pois não houve avanços
Categoria Unida, Greve Mantida, A Luta vai continuar!

E tem também o Vale Refeição
Condições de Trabalho e coisas mais
Por tudo peçamos não demore não
Renegociar pra greve acabar (ou não vamos parar)

Mantivemos a greve, pois não houve avanços
Categoria Unida, Greve Mantida, A Luta vai continuar!

A nossa luta é justa e legítima
Que venham todos participar
Pois já mostramos nossa resistência
A greve continua, vamos lutar! (e não vamos parar)


PARÓDIA: Xote dos professores (Música: Xote das meninas - Luiz Gonzaga)



O professor todo dia acorda cedo
Pra trabalhar na Princesa do Sertão
Só que a escola está toda acabada
E o prefeito e o secretário não dão nem explicação
E as promessas espalhadas pela mídia
Com escolas reformadas
A base da mão de tinta.

O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar

O reajuste não dá pra nada
Não dá nem pra comprar um botijão
Seu Tarcízio, por favor, por que a folha da inchada?
Professores estão na luta
Pela escola melhorada.

O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar

Cadê o dinheiro dessa mina
Chamada de FUNDEB
Só anda na surdina
Se é pra a educação
Deixe de enrolação
Valorize o professor
Que constrói essa nação

O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar
O governo não quer nos valorizar

Paródia: Sem título (Música: Asa Branca de Luiz Gonzaga)


Quando olhei o meu salário
Que aumentou menos que a inflação
Eu perguntei  a Deus do céu, ai
Porque tamanha  judiação

O magistério se acabando
Com tanta desvalorização
Mas professores, indignados
Foram pra luta, em reivindicação

E o prefeito que ameaça
Corte de ponto e demissão
Faz propaganda, mente pro povo
Mas não aparece, em negociação

Mas professor não se amedronta
é lutador da educação
Que vai pra rua, e grita alto
Que não aceita, essa opressão

As nossas salas “tão” vazias
E nós em mobilização
Mas nossa luta, não é só salário
É investimento
Pra educação



Paródia: Sem título (Música: Xote Ecológico de Luiz Gonzaga)



Não posso mais gastar
Não posso mais comprar
Meu salário é tão pequeno
Que não dá nem pra pagar
Cadê nosso dinheiro o prefeito escondeu

Inchou tanto a folha e o aumento não deu
Não deu o que é direito
Porque a folha inchou
Não melhora plano de carreira
Pois não é professor

Então vamos a luta reivindicar
Exigimos nossos direitos
Venha negociar

"É preciso lutar... é possível vencer".
                             GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

Lor separat