O Grupo propõe discutir obras que contribuam para a formação humana dos participantes; intervenção junto à categoria; proposições para a defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Construindo assim, uma intervenção qualificada na escola pública.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PLANO DE CARREIRA: Remando contra um tsunami?

Você deve está se perguntando o porquê do título desta mensagem. Em um primeiro momento deve ter pensado que a tsunami a que estamos nos referindo trata-se do executivo municipal com as suas manobras para tentar nos amedrontar, ameaçando de diversas formas para que desistamos da luta.

Ou pode ter imaginado que seja à direção da APLB/Sindicato pelo seu posicionamento conciliatório frente ao governo, deixando, muitas vezes, a luta da categoria a reboque dos seus próprios interesses, se configurando como prática desmobilizadora.

Ou ainda, poderia pensar que sejam todas as dificuldades que estamos enfrentando para garantir a organização e consolidação do GEED – Grupo de Estudos Educação em Debate – pois estamos, desde setembro, fazendo discussões sobre a educação em Feira, tendo para isso, que, uma vez por semana, deslocar-me de uma lado a outro da cidade, em transportes alternativos, à noite, gastando com passagens, o meu famigerado dinheiro, para participar das reuniões. Além de nos ausentarmos da presença dos filhos; deixar a correção das atividades dos alunos, planejamento de aula, em nome dos nossos interesses da categoria.

Na verdade, a grande tsunami a que nos referimos, foi constatar que a discussão sobre o nosso Plano de Carreira, a Lei (01/94) que rege todos os nossos direitos enquanto profissionais do Magistério Público Municipal de Feira de Santana, que conta hoje, com quase 1800 professores, não está na pauta dos colegas da categoria como algo de extrema importância. E se está, o que justifica que no debate marcado para 15/12 só ter comparecido pouco mais de 30 professores pela manhã e uns 15 à tarde?

Aos que estiveram presente e aos que não estiveram, queremos  dizer que desde setembro estamos na luta para que o Sindicato puxasse esta discussão (lembram do debate dia 14/10?), para que não seguisse o exemplo de outras cidades da Bahia onde o plano de carreira foi construído pela própria Secretaria de Educação, deixando/retirando direitos históricos dos professores.

Lutamos junto ao sindicato, enviamos requerimento solicitando que se estabelecesse um debate aberto, democrático. E sabe por quê? Está em pauta a luta pela consolidação do Coordenador Pedagógico enquanto Cargo do Município; A melhoria da remuneração dos diretores que hoje ganham uma miséria de FGE; A garantia de que antes da realização do concurso ou de encher a folha com os trabalhadores contratados (estagiários), seja feito o enquadramento dos professores que estão em processo de substituição por meio da progressão vertical para que seja automática, e não esta vergonha que é hoje, onde os professores com diplomas de graduação e pós graduação tem que levar 4, a até 5 anos para mudar a referência pois a solicitação só pode ser feita no mês de dezembro.

Então companheiros/as, o que estamos esperando? Vamos deixar essa oportunidade passar e depois ficar chorando, lamentando, como aconteceu com a lei 026/2005 que limita em vários aspectos os nossos direitos? Dessa vez, muito mais do que culpar a direção da APLB por ter apenas no mês de dezembro  iniciado este debate após uma pressão do GEED para que o debate ocorresse, gostaríamos de ousar a compartilhar essa responsabilidade com todos/as que usamos da indiferença para os assuntos que dizem respeito à nossa categoria.

Agora só depende de nós: cabe saber se estamos dispostos a sermos quebra-mar e tornar esta TSUNAMI em marolinha.

GEED

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