O Grupo propõe discutir obras que contribuam para a formação humana dos participantes; intervenção junto à categoria; proposições para a defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Construindo assim, uma intervenção qualificada na escola pública.

domingo, 8 de agosto de 2010

RESPOSTA SOBRE NOTA DO ACORDA CIDADE

PROFESSORES E PROFESSORAS,



   Sobre a nota veiculada pelo site Acorda Cidade cujo título “A revolta dos professores e o orçamento do município”, compete a nós, profissionais que diretamente somos chamados a desenvolver a consciência crítica dos nossos educandos, fazer uma análise para além das palavras. Neste sentido, gostaríamos de analisar, junto à categoria, trechos desta matéria para levantar o debate, a partir da discussão de três pontos:

Trecho 1: o diretor sindical Germano Barreto aponta que “a entidade tem recebido dezenas de reclamações por parte dos professores que não foram contemplados com o enquadramento e/ou a mudança de referência”.


Nossa resposta: a própria representação sindical que dias antes lança uma nota se colocando contrário a necessidade de uma Assembleia para discutir os problemas da categoria e assume sozinha a responsabilidade de fazer um acordão com o governo, agora vem posar de preocupada com os professores que não foram contemplados. Estranho, não é?  


Trecho 2: O governo alega que as alterações de carga horária e mudanças de referências beneficiarão cerca de 200 professores e que aumentará em R$ 400.000 a folha mensal do Executivo.

Nossa resposta: O governo mente, pois os professores que tiveram assegurados os seus enquadramentos, na verdade, já trabalhavam na condição de professores substitutos recebendo o valor equivalente ao que receberá agora como enquadrado. Portanto, este aumento da folha em 400 mil é mais uma falácia do executivo. Além disso, não foram 200 professores, mas sim 97 que tiveram garantidos  esse direito.


Trecho 3: Sobre a afirmação do Secretário de Educação de que os enquadramentos são entendidos como “... uma concessão do município e não um direito”.


Nossa resposta: mais uma vez o Secretário acredita que está lidando com pessoas ingênuas e desconhecedoras da Lei. No máximo de sua arrogância, confunde uma luta histórica dos trabalhadores (regime de tempo integral) com um benefício que será concedido pelo governo. Desde quando ocupar uma vaga real é uma concessão do governo? Concessão do governo, na verdade, é a forma eleitoreira que tradicionalmente esses senhores fizeram e que ainda fazem, mantendo mais de 800 estagiários e, agora, através de um Concurso do Reda, admitindo mais de 150 professores como resposta às reivindicações dos professores durante a greve. 


Neste sentido, cabe perguntarmos: não existe vaga real no município? Querem transformar uma de nossas pautas de reivindicações em uma moeda eleitoral, quando convidam os professores que não tiveram seus nomes na lista dos "beneficiados" a resolverem este problema de forma individual, através de uma conversa de pé-de-ouvido com o Secretário de Educação.

Com isso, queremos lembrar que, embora a categoria tenha sofrido retaliação para participar das discussões para implementação do nosso Plano de Carreira, em andamento, junto ao Executivo, nós estamos de "olhos abertos" neste processo. Não deixaremos, como foi feito ao longo destes anos, passarem por cima dos nossos direitos. Vale lembrar que Feira de Santana deixou de ser, na última década, o município que melhor remunerava o professor no estado da Bahia, para se tornar um dos piores vencimentos da região.


Diante do exposto, entendemos que a atuação dos personagens que nos desmobiliza (Executivo Municipal e Direção da APLB) são as mesmas. No entanto, o que precisa modificar, de fato, é a nossa postura e intervenção nesta realidade. Já não está na hora de superarmos o individualismo na resolução deste problema e partimos para a luta no coletivo? Com a palavra, a categoria.
 



ASSEMBLEIA DA CATEGORIA PELO PLANO DE CARREIRA, JÁ!!!





VEJA ABAIXO A MATÉRIA NA ÍNTEGRA:



http://www.acordacidade.com.br/noticias.asp?id=6389
 

7/8/2010 11:48:58
 
A revolta dos professores e o orçamento do município


Foto:Vone Santana/Acorda Cidade

   Muitos educadores do município estão revoltados por não terem sido beneficiados com as últimas medidas do governo municipal. Em entrevista concedida ao programa Acorda Cidade, o dirigente da APLB, Germano Barreto, informou que a entidade tem recebido dezenas de reclamações por parte dos professores que não foram contemplados com o enquadramento ou a mudança de referência. A lista divulgada pela Prefeitura beneficiava cerca de 200 professores, que, segundo informações, eleva o valor da folha de pagamento do governo municipal em mais de R$ 400 mil reais. Sobre as reclamações dos professores, ainda não beneficiados, o secretário de educação, José Raimundo, explicou que a mudança de referência deverá ser concedida a outros profissionais até o final do ano e ela está condicionada a qualificação do educador. Quanto ao enquadramento “é uma concessão do município e não um direito”, e para ser concedido depende da carência de professores no quadro, ou seja, a existência de vaga na unidade de ensino.





           "É preciso lutar... é possível vencer".
GEED (Grupo de Estudos Educação em Debate)

Um comentário:

  1. Não me sinto representada pela APLB,uma vez que não conseguimos o enquadramneto e/ou mudança de referência e não temos sequer uma assembleia marcada para discutir coletivamente tal situação!!!!!!

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Lor separat