PROFESSORES E PROFESSORAS,
Recebemos estas mensagens de duas professoras da rede e gostaríamos de repassar a vocês uma vez que nós do GEED, assim como grande parte dos professores da rede municipal, compartilham da indignação das mesmas.
Não podemos continuar aceitando que a SEDUC, fique pegando "projeto no ar" e tentando enfiar goela a dentro dos professores e estudantes. Além disso, não podemos continuar legitimando a não universalização de projetos como estes, assim como os kits do Ziraldo, dentre outros, aos nossos alunos.
1ª MENSAGEM
Olá Grupo!
A não universalização do acesso aos espaços culturais para os nossos alunos é um problema sério na rede municipal que tem me preocupado. Não havia me dado conta disso nesse projeto citado pela professora, afinal o mesmo é direcionado para o fundamental II, o que ñ é minha realidade, porém o que percebo é que a participação nestes projetos sempre são direcionados às escolas P (P de panelinha e não de piloto como alega a SEDUC).
Mas preocupada com a realidade de minha escola, que atende alunos do fundamental I e Educação Infantil, localizada na zona rural, pois sempre ficamos de fora de projetos da SEDUC e acreditando que os alunos da escola que leciono também tem direito ao acesso à "cultura", enviei a reportagem sobre o Projeto Fantasia para minha diretora postada no site da prefeitura, no sentido de que a mesma pudesse viabilizar a ida de nossos alunos a este espaço.
Não sei porque ainda me impressiono com esse tipo de coisa, mas é o seguinte: a diretora da escola levou uma cópia da reportagem para uma coordenadora da SEDUC, com o intuito de poder levar os alunos da escola para participarem desse projeto cultural, no entanto, para nossa "surpresa" ela disse que não sabia de nada a esse respeito.
"Seria cômico se não fosse trágico", a SEDUC não sabe de um projeto como esse, Projeto Fantasia, que segundo a reportagem já existe há 5 anos. Por isso concordo com a professora de que se faz necessário denuciar, esse tipo de coisa que parece só acontecer na educação de Feira.
Atenciosamente,
Profª. GE
Teatro para estudantes da rede municipal
Projeto Fantasia leva escolas ao teatro
Centenas de estudantes da rede municipal de ensino já assistiram ao espetáculo “A Peleja de Maria Bonitinha”, apresentado pela Companhia Cuca de Teatro. A iniciativa faz parte do projeto “Fantasia, um caminho na Educação”, apresentado no Centro de Cultura Amélia Amorim.
De acordo com a produtora da companhia, Elizete Destéffani, o espetáculo ajuda às crianças a entender e conviver com as diferenças. “Aceitar as diferenças do outro, discutir o preconceito na sociedade e chamar a atenção para o bulling são as questões abordadas no espetáculo com seus seis personagens: a Maria Bonitinha, Joana Natureba, Zeca Grude, Joca Poluente, Pepeu Recicleto e Clarinha”, explica
O projeto Fantasia existe há cinco anos. Mais de 30 espetáculos já foram apresentados em 65 escolas de Feira de Santana. Segundo a produtora, o objetivo do projeto Fantasia é levar a arte para a educação.
Para a professora da Escola Municipal Monteiro Lobato, Elza Campos, o projeto é um sucesso entre os alunos. “É preciso democratizar o teatro, várias crianças aqui não teriam a oportunidade conhecê-lo se não existisse o projeto Fantasia”, destaca.
Carolina Cerqueira, 10 anos, estudantes da 4ª série, demonstra admiração com a apresentação teatral. “ Nunca tinha assistido a uma peça de teatro. É um mundo diferente, engraçado e que faz qualquer um ficar admirado”, enfatiza.
Na tarde desta quinta-feira (2) centenas de estudantes assistiram a mais um espetáculo. Entre as instituições da rede municipal que estavam presentes: a Escola Municipal Maria José Dantas Carneiro e Escola Municipal Maria José.
A Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Educação, contribui com o transporte para os estudantes e professores. O Faz Cultura e empresas da cidade patrocinam o espetáculo.
Até que ponto os estudantes da rede municipal apreciaram “Baobá”?
Antes que leiam a matéria publicada hoje no site da prefeitura, gostaria de fazer algumas colocações que julgo importante nesse momento. A matéria abaixo diz que 500 estudantes de 4 escolas foram contemplados com o espetáculo musical “Baobá” da Cia cisne negro, no qual a temporada em Feira de Santana é fruto da iniciativa da empresa Belgo Bekaert, através da parceria com a Prefeitura de Feira de Santana.
Trago essa informação para que todos nós possamos refletir juntos sobre alguns questionamentos que me fiz quando li a matéria. Entre eles:
Na escola em que trabalho temos dificuldade em conseguir ônibus para levar os estudantes para atividades extra-classes. Será que essa não é uma realidade de toda a rede municipal? A nova política municipal de acesso a cultura deve pauta-se no sorteio ou na universalização dos elementos da cultura a todos?
A empresa Belgo há muito tempo vem mantendo uma parceria com a prefeitura, valendo perpetuar um projeto de premiação de redações e desenhos. Parece até uma piada: o tema do ano passado, diga-se de passagem, foi “alimentação saudável”. O mesmo projeto “alimentado” pela iniciativa municipal traz no seu bojo uma contradição: ao mesmo tempo que suscitavam nos indivíduos os hábitos alimentares saudáveis, ofereciam em grande parte das escolas uma merenda de qualidade duvidosa. Quanto em dinheiro público é gasto com a parceria privada com projetos distantes da realidade dos nossos estudantes? Esse dinheiro está sendo retirado dos repasses do FUNDEB?
Agora é a Belgo, mas tem também a Rigesa. Em breve será a vez de uma empresa poluidora do meio-ambiente que depois de anos de destruição estará interessada na preservação do mesmo e no desenvolvimento sustentável, chamada NESTLÉ. Quanto será que estas empresas estão repassando para o município para que o mesmo legitime a isenção de imposto das mesmas, através do financiamento de projetos que muito pouco conseguem promover mudanças no chão das escolas? Que paradoxo: destruir preservando!?
Voltando para a ida dos 500 estudantes. Por que a matéria só tem a fotografia do espetáculo? Para onde foram os estudantes? Talvez estejam amontoados nas instalações precárias de suas escolas. Como falar em arte que educa se ela ainda está distante dos nossos alunos? Até quando colocaremos a arte como algo sem sentido, desprovido de significado para os nossos estudantes? Por que a Rede municipal de Ensino não tem um Plano Municipal de Educação sério que possa dar conta da realidade de nossa escolas e nossos alunos?
Só com denúncias poderemos desmitificar essas e outras tantas propagandas enganosas do governo local. Façamos da revolução digital um importante aliado para gritarmos contra a forma desregrada como vem sendo gasto o dinheiro da educação em nosso município.
FEIRA AGORA NÃO É A CIDADE DIGITAL??????
Profª. ED
/9/2010, 17:33h
Estudantes da rede municipal apreciam Baobá
A obra foi adaptada pela Cia Cisne Negro
Cerca de 500 estudantes de quatro escolas da rede municipal de ensino tiveram a oportunidade de apreciar, nesta quinta-feira (9), o espetáculo musical Baobá, produzido pelo grupo Cisne Negro Companhia de Dança, de São Paulo. A apresentação do musical ocorreu no teatro do Centro de Cultura Amélio Amorim.
Baobá é inspirado em uma das mais célebres obras de Antoine de Saint-Exupéry, “O Pequeno Principe”. A obra foi adaptada pela Cia Cisne Negro e transformada em uma coreografia que possui contornos educativos. O espetáculo já percorreu cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. A temporada em Feira de Santana é fruto da iniciativa da empresa Belgo Bekaert, através da parceria com a Prefeitura de Feira de Santana.
De acordo com a diretora do Departamento de Ensino da Secretaria de Educação, Lélia Fernandes, o espetáculo riquíssimo encantou tanto crianças quanto adultos, por conta da mensagem passada. “Nossos alunos do Ensino Fundamental II com certeza saíram daqui encantados, pois Baobá reúne poesia, música e teatro. E essas modalidades da arte também educam”, destacou.
Para a professora Daniele Lima Moura da Escola Monteiro Lobato, a iniciativa tem um excelente propósito, que é promover um momento cultural. “Nem sempre os estudantes têm oportunidade de ter acesso ao teatro e apreciarem belos espetáculos. A proposta é válida, pois remete a reflexão e aprendizado”.
A estudante Fabiana Nery Ferreira, 15 anos, 8ª série, conta que estuda teatro e considera a arte uma cultura. “É sempre um prazer muito grande estar na platéia para assistir espetáculos ou subir ao palco para apresentar. O teatro é sempre encantador”, comenta.
Outros estudantes de mais três escolas municipais – Joselito Amorim, Antônio Brandão e João Duarte Guimarães - assistirão o espetáculo nesta sexta-feira (10), às 14h. Os alunos que apreciaram Baobá nesta quinta-feira (09) estudam nas escolas municipais Comendador Jonathas Telles de Carvalho, Julieta Frutuoso de Araújo, Monteiro Lobato e Antônia Costa.